Créditos: Arquivo CREA-RS

terça, 08 de julho de 2025

Representando a presidente do CREA-RS, a engenheira geóloga Bruna Koppe Kronhardt participou de audiência pública que debateu o desassoreamento da Bacia do Caí. Realizada na Câmara de Vereadores de Montenegro, a reunião foi uma proposição do deputado estadual Airton Lima e ocorreu nesta segunda-feira (07).

Em sua fala, defendeu que qualquer proposta de intervenção seja fundamentada em evidências técnicas e análises sistêmicas, como as desenvolvidas pelas universidades e institutos de pesquisa gaúchos.  “Destaco o papel do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, que produziu duas notas técnicas recentes, com análises baseadas em modelagem hidrodinâmica, medições de campo, batimetrias e dados telemétricos.”

De acordo com Bruna, tais estudos reforçam que não ser possível assumir que o assoreamento seja a principal causa das inundações, citando o aumento das chuvas extremas — com volumes acima de 400 mm em alguns eventos —, à ocupação urbana e à perda da vegetação ripária, além de efeitos climáticos como o represamento por vento sul.

“Então, reforçamos a importância de que quaisquer dragagens ou desassoreamentos sejam criteriosamente planejados, com base em dados técnicos, análises de custo-benefício, viabilidade ambiental e risco hidrossedimentar — como aponta o próprio IPH. Só com base em ciência, nos dados e com responsabilidade técnica vamos construir soluções eficazes para a proteção das pessoas, das cidades e da biodiversidade do Rio Grande do Sul.”

O assessor parlamentar do CREA-RS, Emerson Correa, também esteve presente à audiência que contou, ainda, com as presenças do prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta; do prefeito de São Sebastião do Caí, Marcos Guará; da prefeita de Pareci Novo, Cristina Reinheimer; do prefeito de Feliz, Junior Freiberger; do prefeito de Portão, geól. Delmar Hoff; do presidente da Câmara de Montenegro, Talis Ferreira; e do representante do Ministério Público Vitor Hugo.