De 3 a 5 de novembro, a Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Química (CCEEQ) realizou, em Brasília (DF), a sua última reunião de 2025. O encontro marcou o encerramento de um ciclo de intenso trabalho, com a consolidação do Plano Plurianual 2026-2028 e o fortalecimento do diálogo institucional com o Conselho Federal de Química (CFQ) e com a Associação Brasileira de Engenharia Química (Abeq). O coordenador da CCEEQ, eng. quím. Luiz Eduardo Caron, faz um balanço das principais ações e desafios do ano. Confira a entrevista:
Confea: Quais são os destaques da última reunião da Coordenadoria?
Luiz Caron: Destaco, como principal resultado desta última reunião do ano, a conclusão do Plano Plurianual 2026–2028. O documento busca garantir planejamento, organização e eficiência às ações da Coordenadoria, com metas de médio e longo prazo e foco na continuidade e na gestão eficiente de recursos.
Outro ponto relevante foi a reunião com a Associação Brasileira de Engenharia Química (Abeq). Representada por seus diretores, a entidade apresentou sua proposta de trabalho para o período. O encontro teve como objetivo aproximar o Confea da associação, de caráter nacional, fortalecendo a integração entre o Sistema Confea/Crea e a entidade representativa da categoria.
Confea: Um dos focos da CCEEQ este ano era a execução do plano de ação contra o assédio do Conselho Federal de Química (CFQ)/Conselho Regional de Química (CRQ). Como está sendo esse andamento e quais resultados concretos foram alcançados?
Luiz Caron: O plano de ação teve excelente evolução. Conseguimos a inclusão de um representante da CCEEQ, o conselheiro eng. quím. Rodrigo Menezes Moure, na Comissão Temática de Harmonização Interconselhos (CTHI), com atuação destacada em defesa da engenharia da modalidade química.
O fato mais relevante, porém, foi a reunião entre o presidente do Confea, eng. telecom. Vinícius Marchese, e o presidente do CFQ, José de Ribamar Oliveira Filho. Esse encontro, histórico na relação entre os dois conselhos, representa um primeiro passo concreto rumo à harmonização institucional, visando minimizar o impacto do assédio do CFQ/CRQ sobre profissionais e pessoas jurídicas da engenharia química. A expectativa é de que as conversações avancem e, futuramente, resultem na elaboração de uma resolução conjunta.
Confea: As metas nacionais de fiscalização recomendam o fortalecimento da fiscalização e a inserção de novas tecnologias nos processos fiscalizatórios no ciclo 2025-2027. Até agora, o que a CCEEQ já implantou ou está implantando nessa frente e qual deve ser a prioridade para o próximo ano?
Luiz Caron: Esta é uma meta necessária do Sistema Confea/Crea como um todo. A CCEEQ, enquanto órgão consultivo do Confea, atua no âmbito da fiscalização e da área industrial da modalidade.
Durante a terceira reunião deste ano, convidamos o gerente de Relações Profissionais e Fiscalização do Confea, Igor de Mendonça Fernandes, para uma troca de informações e atualização sobre o andamento do projeto de modernização dos processos fiscalizatórios. Essa interlocução foi muito produtiva e deverá se repetir no futuro, contribuindo para o alinhamento das ações da Coordenadoria às diretrizes nacionais.
Confea: Tendo em vista que esta é a última reunião do ano, como o senhor avalia o balanço dos trabalhos realizados pela CCEEQ em 2025? Quais foram os principais avanços e onde ainda há lacunas?
Luiz Caron: Podemos destacar que a CCEEQ cumpriu, completamente, as demandas do Confea, além de apresentar propostas geradas internamente de grande relevância e interesse para os profissionais e o setor industrial. Foi um ano intenso, e o comprometimento dos coordenadores das câmaras regionais foi fundamental para o êxito das ações.
O principal avanço foi, sem dúvida, o início do diálogo com o CFQ, passo essencial para mitigar as pressões sobre os profissionais e empresas da área química. Ainda há muito a evoluir, mas acreditamos que, até o final do próximo ano, já seja possível perceber mudanças positivas na postura do CFQ/CRQ.
Outra realização relevante foi a elaboração do Plano Plurianual, que define as diretrizes e metas para o futuro da CCEEQ consequentemente teremos melhores resultados das ações da coordenadoria, alinhados a evolução da engenharia modalidade química. Esse instrumento proporcionará maior coerência e efetividade às ações da Coordenadoria, fortalecendo a atuação da engenharia química no Sistema.
Confea: Quais são as metas para o próximo ano que a CCEEQ deve estabelecer do seu ponto de vista?
Luiz Caron: Naturalmente nossa principal meta é darmos andamento ao do plano de ação contra o assédio do Conselho Federal de Química (CFQ)/Conselho Regional de Química (CRQ), com a realização de reuniões periódicas que viabilizem a formalização de uma resolução conjunta de conciliação.
Também estão previstas ações voltadas à valorização da formação profissional, à defesa da competência técnica e institucional da modalidade, ao aprimoramento da fiscalização e da normatização da atividade, além do fortalecimento da governança e da articulação institucional.
Saiba mais:
CCEEQ discute da transferência de recursos à fiscalização profissional
Vinicius Marchese valoriza a fiscalização na Engenharia Química
Conheça as diretrizes e ações da Coordenadoria de Química para 2025
Fernanda Pimentel / Equipe de Comunicação do Confea



