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CCEEI chancela código-fonte para analisar exercício profissional


Coordenadores, conselheiros federais e convidados durante o primeiro dia da reunião da CCEEI. Créditos: Arquivo Confea

A chancela para a criação de um software usando BI (Business Intelligence) para analisar o cenário do exercício profissional do engenheiro mecânico está entre os temas valiosos às engenharias da área industrial que marcaram a última reunião ordinária do ano da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Industria (CCEEI), de 3 a 5 de novembro, em Brasília.

Pelo CREA-RS, participou o Eng. Mec. Marcos Kercher, coordenador da especializada no Rio Grande do Sul.

Paralelamente, temas mais frequentes como a gestão da qualidade do ar interior também voltaram a constar da agenda, que registrou 23 propostas. “Todos temas em que fomos bastante resolutivos e coesos, o que foi muito elogiado pelos conselheiros federais presentes”, aponta o coordenador nacional, eng. mec. Edilson Marinho.

Segundo ele, a nova ferramenta atende a uma solicitação direta do Confea. “A nossa meta foi desenvolver esse código-fonte para termos uma melhor análise do cenário profissional via ART. Como não tivemos uma cadeia produtiva de alguns dados, então, fizemos o contrário, a aprovação do código fonte do BI para análise do cenário do exercício profissional do engenheiro mecânico no Crea-RN, regional onde ele foi desenvolvido. Os conselheiros federais deram muito incentivo para essa aprovação. Assim, a nossa principal meta do ano foi atingida”, comenta. 
 

Temas inovadores como a plataforma digital desenvolvida para a constatação do devido exercício profissional marcaram a última reunião do ano
Temas inovadores como a plataforma digital desenvolvida para a constatação do devido exercício profissional marcaram a última reunião do ano


Edilson explica que a intenção é suprir as orientações da Decisão Normativa nº 111/2017. “Ela trata das diretrizes para análise das Anotações de Responsabilidade Técnica registradas e os procedimentos para fiscalização da prática de acobertamento profissional. A cada três meses, o Confea solicita para estudar uma área, verificando se o número de ARTs emitidas é compatível com a atuação profissional. Nosso software permite que isso seja feito com maior celeridade, então, colocamos esse código fonte para aprovação para auxiliar os profissionais de todos os Creas com Inteligência da Informação”, descreve o coordenador da CCEEI.
 

Estudantes, atuação clínico-hospitalar e climatização
A modalidade Industrial também apresentou uma proposta para a criação do Projeto Nacional de Incentivo aos Estudantes para o Ingresso na Engenharia Mecânica. “É uma proposta que visa à criação de linhas de recursos que sejam oferecidas pelo Confea para que os regionais desenvolvam junto com as instituições de ensino superior um programa que busque incentivar os estudantes do ensino médio e do ensino superior a optar pelas engenharias, considerando que, atualmente, apenas 12% dos estudantes de ensino médio querem fazer qualquer engenharia”.

 

Cartilha apresentada pela comissão temática dedicada à qualidade do ar interior
Cartilha apresentada pela comissão temática dedicada à qualidade do ar interior


O incentivo à atuação do engenheiro mecânico na atividade clínico-hospitalar também foi proposto pelo colegiado. “Não existe, bem delineada, uma resolução do engenheiro clínico, que acaba sendo uma área onde os engenheiros mecânicos, eletricistas, de produção e engenheiros civis acabam atuando. Desejamos estabelecer a regularidade da atividade dos engenheiros mecânicos nessa área”, destaca.

Com as participações dos engenheiros mecânicos Osny do Amaral Filho e Arnaldo Basile Junior, integrantes da Comissão Temática de Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração – CTAVAC-R o tema voltou a ser discutido pela CCEEI. “Recebemos a cartilha sobre qualidade do ar interior, desenvolvia pela comissão. Realmente, esse tema precisa ser sempre discutido. Essa cartilha está muito didática e poderá ser utilizada pelos Creas e pelas IES pois ela facilita bastante a aprendizagem sobre a importância de ter um profissional legalmente habilitado em engenharia mecânica para lidar com essas atividades”, considerou o coordenador.
 

Um ciclo que se renova
Em tom de encerramento, Edilson expressou gratidão a Deus, à família e aos colegas de profissão, reafirmando sua crença de que o conhecimento técnico só se completa quando guiado por propósito e humanidade.

“A sabedoria não é um ponto de chegada — é um estado de espírito. Continuo um constante aprendiz da natureza, buscando compreender seus símbolos, honrar suas leis e traduzir seus mistérios em benefício da humanidade”.

Coordenador Edilson Marinho falou do encerramento de seu ciclo à frente da CCEEI
Coordenador Edilson Marinho falou do encerramento de seu ciclo à frente da CCEEI



A fala, repleta de simbolismo e serenidade, foi recebida com aplausos pelos coordenadores presentes. Encerrando seu ciclo com sentimento de dever cumprido, Edilson deixou uma mensagem de inspiração para os engenheiros de todo o país. “Ser engenheiro é ser alquimista. E ser professor é ser mago — um mago da luz, que transforma o saber em consciência e a consciência em vida”.

Equipe de Comunicação do Confea

 

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